quarta-feira, 31 de março de 2010

Projecto Mil Mãos










O Projecto Mil Mãos continua e engloba novos desenhos. Para verem as actualizações acedam a http://almendares.com.br/milmaos e publiquem também um trabalho vosso.

"O Projecto MIL MÃOS intervenção virtual e física dá continuidade à pesquisa sobre as relações cooperativas entre artistas, e suas possibilidades de realização tanto em meios virtuais quanto físicos. Neste projecto, o meio virtual refere-se à Internet e o físico a desenhos de nanquim sobre papel.
Para intervenção física, artistas brasileiros foram convidados a realizar desenhos sobre papel nas dimensões de 7 x 5 cm. Cada artista recebeu um kit contendo papel, caneta e um impresso explicativo. Os desenhos realizados foram unidos formando um painel.
A primeira apresentação deste projecto, virtual e físico, aconteceu na Colorida Galeria de Arte e Design, sediada em Lisboa, Portugal, no período de 20 de fevereiro a 12 de março de 2010.
Durante a exposição em Lisboa, artistas locais foram convidados a participar e dar continuidade ao painel físico.


Os trabalhos destes artistas encontram-se abaixo juntamente com os realizados por artistas brasileiros. Clicando em PORTUGAL pode-se ter acesso directo a listas dos artistas deste país.
A próxima exposição acontecerá na cidade de São Leopoldo - Rio Grande do Sul - Brasil, no Centro de Cultura Pedro Boéssio, no período de 01 a 20 de junho de 2010.
A acção cooperativa virtual, através do site, será aberta à participação de artistas de toda a rede desde o seu lançamento."




Info: site Projecto Mil Mãos

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lourdes Castro e Manuel Zimbro: À luz da Sombra


"Esta exposição reúne antologicamente pela primeira vez os trabalhos de Lourdes Castro e de Manuel Zimbro, companheiros e colaboradores na vida e no trabalho ao longo de mais de três décadas.
Lourdes Castro (Madeira, 1930) parte das suas pesquisas sobre a sombra de flores, pessoas e objectos para construir uma obra singular com a qual redefine uma relação da obra de arte com o mundo de que faz parte. Na segunda metade da década de 1970 produz, primeiro com René Bertholo, depois com Manuel Zimbro, um Teatro de Sombras onde junta cenas do quotidiano a outras situações onde o maravilhoso e o fantástico se revelam.
Manuel Zimbro (Lisboa, 1944 – Madeira, 2003) apresentou em exposições projectos como “Torrões de Terra” e “História Secreta da Aviação”. Agora, para além destes projectos e das suas colaborações com Lourdes Castro, serão também apresentados pela primeira vez outros trabalhos da sua autoria."



Exposição patente de 6 Março a 13 Junho 2010, Museu da Fundação de Serralves



Info:Comissário: João Fernandes
        Fundação de Serralves

domingo, 28 de março de 2010

Agostinho da Silva, "Cartas a Um Jovem Filósofo"

"Do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu do que todos os acertos, se eles foram meus não são seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças também distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição, venha a pensar o mesmo que eu; mas, nessa altura, já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem."

Agostinho da Silva, "Cartas a Um Jovem Filósofo"

sábado, 27 de março de 2010

José Viana - exposição de homenagem



José Viana era essencialmente um homem das artes. Foi actor, cenógrafo, encenador, figurinista, pintor e ilustrador.

Inaugurou ontem, 26 Março, nos Recreios da Amadora uma exposição de homenagens com pinturas da sua autoria.
A sua pessoa e percurso profissional foram tão desmesuradamente ricos que só me resta citar um excerto da introdução do catálogo da exposição, da autoria do Vereador da Cultura António Moreira:
"(...) Simplesmente: José Viana. Homem do espectáculo, do palco e das artes, soube desde cedo que a versatilidade o acompanharia por toda a vida. Sensível, de espírito sagaz e invulgar, José Viana criou obras pictóricas fiéis às suas paixões de sempre (...). A ausência física existe mas o produto do trabalho deste nome das Artes não nos deixa órfãos (...)", e é isso que podemos reencontrar nos Recreios, de 26 de Março  a 25 Abril.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mimo

Quase sempre presentes nas áreas centrais das cidades mais turísticas, o silêncio de um mimo enche-nos de euforia pela beleza que exterioriza, pela sua arte, imagem e capacidade de permanecer inerte durante um longo período de tempo. 
A muito custo, esboçam um pequeno sorriso ou um piscar de olhos ternurento que sabemos ser só para nós e com o qual nos derretemos, mas são extremamente fiéis à sua arte - estátuas com coração e alma.
A sua ausência são presença obrigatória no panorama do nosso quotidiano.

Marcel Marceau (1923-2007) foi o actor judeu francês, um génio do silêncio, que criou o Bip - a sua personagem mais famosa que parece ficar para a eternidade. O actor morreu aos 84 anos em 2007 mas deixa o legado do paradigma da arte de fazer mímica.


Sombras chinesas

http://www.youtube.com/watch?v=cAbPkrPQA1Q 

domingo, 21 de março de 2010

Os dias andam como as pessoas...

Hoje, deixei-me ficar na cama um pouco até mais tarde, coisa que nunca faço. Todos os dias, segundos depois de acordar, salto da cama em estilo de canguru, despacho-me, tomo o pequeno-almoço e fico pronta para mais um dia repleto de afazeres por vezes tão díspares.
Os dias andam como as pessoas porque ora está sol ora está nublado, mais ou menos frio, mais ou menos vento,... Parece-me, em analogia, que todos nós somos um pouco assim. Por mais estáveis e organizados que sejamos, uma panóplia infinita de pessoas e acontecimentos convergem para que tenhamos de mudar as nossas tarefas e até disposição, por vezes de hora a hora!!
Toda vestidinha, decidi que com um dia tão bonito ia sair de casa para dar um pequeno passeio, apanhar ar fresco, ver os primeiros vestígios da Primavera, talvez desenhar um pouco no jardim. E durante 2 horas seguidas não deixei de pensar que iria sair porta fora ao mesmo tempo que aspirei a casa, fiz a cama, passei aulas a limpo, escrevi e pesquisei na net. Pois então, 13h30, e é hora de fazer o almoço - "Saio a seguir ao almoço!" Comi, lavei a loiça, sentei-me a escrever no computador, li parte de um livro, actualizei a agenda diária (que já ia com atraso de actualização de uma semana!) e quando ia mesmo sair, telefonaram-me e estive uma hora ao telefone!!! 
Terminada a conversa, visto uma camisola mais grossa porque o tempo já está nublado e frio, e quando vou a desligar a net oiço um"bock" - aviso de conversa bate-papo no Facebook com um colega do Chile... mais uma hora!
Agora, que ia meeeeeeesmo sair, lembrei-me de dar uma vista de olhos no blog e fiquei desmoralizada por todos os blogs que sigo estarem actualizados hoje e a minha última mensagem ser de há 6 dias. 
E pronto, são 17h30, amanhã tenho que acordar cedo, hoje terminar de ler o livro para entregar amanhã na faculdade sem falta, fazer 2 projectos para entregar 5ª-feira e um outro que envolve muita pesquisa e reflexão para dentro de uns dias.
Os dias andam como as pessoas... e as pessoas andam como os dias! Sem tempo e tempo para tudo, com o brilho do sol ou o cinzento da neura, com mais ou menos movimento, com vontade de fazer imensas coisas mas sem tempo para tal ou, quando finalmente temos tempo, estamos cansados de tanto pensar e decidimos ficar um pouco de papo para o ar pois até merecemos!
Os dias andam como as pessoas... felizes ou infelizes, em que tudo parece de vento em popa ou a desmoronar, muitas ideias ou crises de raciocínio e inspiração, brilhantes pela aura de felicidade ou cinzentos das nuvens, com verbalizações mais sintéticas ou, como este texto, escritos automáticos com o que nos ocorre sem preocupações com o que se escreveu nas frases anteriores ou com uma verdeira lógica de raciocínio!
Os dias andam como as pessoas... e as pessoas andam como os dias. Cada dia é uma aventura diferente, composto por tantas e tantas coisas, com sorte relacionadas com o que amamos fazer como profissão e rodeadas das pessoas e coisas que gostamos. Agimos na vida em conformidade com o modo como absorvemos o que provém do exterior e como digerimos tudo o que nos vai no pensamento! Mas temos algo mais que os dias - cada 24 h recomeçam e nós podemos recomeçar a cada instante. O botão reset está pronto a ser carregado, basta termos a força de vontade e genialidade de saber quando é crucial tocar-lhe e com que fins.
Os dias andam mas não são como as pessoas - nascem e morrem em pouco tempo, exprimem-se mas não verbalmente, não podem ser felizes e nós podemos! Ao nosso alcance está a realidade e a imaginação, e quando a realidade for dura de roer divaguemos e sonhemos um pouco. Os dias devem ser usufruídos da melhor forma possível e as situações resolvidas no limite das nossas capacidades. 
Os dias andam como andam e são como são; as pessoas andam como podem e querem!
E amanhã é outro dia, que pode ou não ser diferente de todos os dias anteriores, basta sabermos se os dias andam mesmo como as pessoas...

segunda-feira, 15 de março de 2010

At the same time...

At the same time that a quantity of potential energy (the necessary condition for a higher order of magnitude) is actualized, a portion of matter is organized and distributed (the necessary condition for a lower order of magnitude) into structured individuals of a middle order of magnitude, developing by a mediate process of amplification (304).


SIMONDON, Gilbert, "The Genesis of the Individual",  Mark Cohen and Sanford Kwinter (trad. de), Incorporations, Jonathan Crary (ed. de), Nova Iorque, Zone, 1992, pp. 296-319

sábado, 13 de março de 2010

Amor é fogo que arde sem se ver


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
                                      É solitário andar por entre a gente;
                                      É nunca contentar-se de contente;
                                      É cuidar que se ganha em se perder;

                                      É querer estar preso por vontade;
                                      É servir a quem vence, o vencedor;
                                      É ter com quem nos mata lealdade.

                             Mas como causar pode seu favor
                                      Nos corações humanos amizade,
                                      Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

quarta-feira, 10 de março de 2010

Walking on the street

Fotog. CQ

Que belo despertar...

Fotog. CQ
Jardim Zoológico
Outubro 2009

Desenho projecto "Mil Mãos"

Carolina Quirino
10 rectângulos 7x5 cm
aguarela e caneta s/ papel
Março 2010

Uma estátua com um toque contemporâneo!!


Fotog. CQ
Montjuic, Barcelona
Fev. 2010

Mãe Migrante




A fotografia que deu origem ao trabalho é de Dorothea Lange, em 1936, que retrata Florence Thompson, uma trabalhadora agrícola da Califórnia, com três dos seus filhos durante a época da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. Florence Thompson, na época com 32 anos, aparece com um bébé adormecido ao colo, contemplando o vazio, enquanto que as outras crianças, com o cabelo desgrenhado e as roupas sujas, escondem o rosto por detrás dos seus ombros. A família vivia num acampamento de apanhadores de ervilhas no Vale do Nipomo, na Califórnia, e nesse dia tinha ficado sem trabalho depois de as ervilhas que iam colher terem congelado.
Momentos antes de ser apanhada pela objectiva de Lange, Florence Thompson tinha vendido a sua tenda e os pneus do seu carro para comprar comida para os seus sete filhos. Dorothea Lange, que trabalhava para o governo dos Estados Unidos, tirou esta e outras fotos destinadas a documentar os efeitos da Grande Depressão na sociedade americana. As fotos de Lange ajudaram o governo a dar maior apoio aos trabalhadores agrícolas. 
Florence Thompson morreu pobre em 1983, apesar desta fotografia ter sido publicada em milhares de jornais e revistas e reproduzida em selos dos correios americanos.

Carolina Quirino
Mãe Migrante
acrílico e terra s/ tela
100x65 cm
2007

terça-feira, 9 de março de 2010

Degrees

CQ

Slavoj Žižek


"A propósito do seu último livro “Violence”, o sociólogo e filosófo Slavoj Žižek reflecte sobre alguns dos problemas, paradoxos e paradigmas da contemporaneidade numa palestra gravada a 12 de Setembro último em Nova Iorque."

"Todo ...



"Todo o conhecimento humano é incerto, inexacto e parcial."
Bertrand Russel

quinta-feira, 4 de março de 2010

Lazer em Tavros II





Carolina Quirino
Lazer em Tavros II
30x24 cm
acrílico s/tela
2008