quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2009/2010


Caros amigos (que sabem quem são) e leitores amigos amados de outra forma,
A passagem de ano pouco me diz; afinal é mais uma noite em que se passa para um novo dia e/ou mais uma noite de borga! Por força da tradição ou até porque nós mesmos gostamos de encarar como o início de um novo ano composto por 12 meses, é a partir do dia 1 que "vou começar tudo de novo, vou pôr em prática x, y e z". Por experiência própria, NÃO RESULTA!!!:)

O que resulta mesmo é a continuação e o progresso de lutarmos e tentarmos incorporar nas nossas pessoas e vidas o que queremos e cremos ser o melhor. É uma luta diária e que por vezes sentimos que deveria ser facilitada, pelo menos, um pouco menos árdua. Com os mesmos objectivos, alguns têm mais dificuldades em os obter, quer seja pelo cerne das suas personalidades quer por condições alheias.
O importante é sermos nós próprios, fiéis àquilo em que acreditamos. E isto estende-se a inúmeros campos. Por minha vontade falava dos meus votos pessoais para o futuro e para os que me são mais queridos mas querida blogosfera, esses terei que guardar para mim e partilhar meticulosamente.
Em suma, desejo o mais sinceramente possível para mim e para os que merecem e lutam por isso, que alcancem o que desejam e, acima de tudo, que isso se assuma pela possibilidade de dizer "Sou Feliz!"
E por aqui me fico, no término deste texto que por vontade própria poderia prolongar-se ao tamanho de uma tese e, no término de mais um ano.
Apartando por completo os propósitos lectivos do blog, agarrem as oportunidades (figurativa e não literalmente, sim?!:)) e sejam muito, muito felizes. Tudo do melhor em quantidades desmesuradas.
Um beijinho grande, enorme, e até para o ano!
E agora vou desligar-me do meu amigo computador que, estranhamente, nos dias em que não posso permanecer junto dele é quando me sinto mais inspirada e racionalmente mais apta a realizar os trabalhos para a faculdade... É mesmo verdade mas por que será?!:):) Mas nem sempre, mal seria se o fosse...



Fotografias de Carolina Quirino

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Simpatia








Simpatia - é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atracção.


Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.

São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

Simpatia - meu anjinho,
É o canto do passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d'Agosto,
É o que m'inspira teu rosto...
- Simpatia - é - quase amor!

Casimiro de Abreu


Indaiaçu - 1857.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Rede


de ideias, compromissos, amizades, virtual, lugares, pesca, informações, estudantes, educação, emissores, oferta, computadores, infraestruturas, apoio, viação, recursos, comunidades, observação, bibliotecas, investigação, sensores, tecnologia, pesquisa,...

Fotografia de Carolina Quirino

Cronofotografia contemporânea

Muito depois de Muybridge...













Fonte: Google Images 

Realismo contemporâneo-trompe l'oeil


Renato Meziat, Tomatoes and Plastic Bag, 2009, óleo sobre tela, 60 x 80cm.

Renato Meziat cria trabalhos em óleo sobre tela recorrendo à técnica do trompe-l'oeil.
Recorde-se que trompe-l'oeil é um recurso técnico-artístico empregado com a finalidade de criar uma ilusão de óptica, como indica o sentido francês da expressão: tromper, "enganar", l'oeil, "o olho". Seja pelo emprego de detalhes realistas, seja pelo uso da perspectiva e/ou do claro-escuro, a imagem representada com o auxílio do trompe l'oeil cria no observador a ilusão de que está diante de um objecto real em três dimensões e não de uma representação bidimensional. O objectivo da ténica é, portanto, alterar a percepção de quem vê a obra.



Afinal...

eu só queria sentir-me assim por uns momentos...

nas nuvens!

Dias que voam e atitudes imperdoáveis




Não gosto nada da corrente de dias seguidos em que faço um turbilhão de coisas, chegando ao fim do dia com a sensação ou certeza da rentabilidade ter sido mínima para as necessidades prementes.
Mais ainda, quando preciso de fazer um esforço tremendo para me lembrar em que dia estou e, pior, não me lembrar do dia exacto em que fiz determinada coisa—quando me parece que já estive com determinada pessoa ou fui a algum lado há dias, afinal...foi ontem! Sinónimo de cansaço? Muito. 


E quando a tudo isto se juntam pessoas com uma imensa falta de carácter e educação que insistem em discutir e gritar até altas horas da noite e recomeçar por volta das 6h é, por vezes, perfeitamente insuportável! Percebo que viver em prédios tem qualidades e desvantagens mas continuo sem entender quando são os pais a dar o mau exemplo e que crianças de 5 anos tenham exactamente os mesmos comportamentos. 
Sinceramente, fico equivocada do que me incomoda mais: as vizinhas que se mantinham 16h por dia à janela a controlar o que fazia e a distribuir opiniões pejorativas sobre actos que nunca viram ou existiram na bela aldeia em que vivia ou este frenezim ridículo em que os pais são tão educados quanto os filhos, têm uma linguagem corrente imprópria, discussões que se ouvem em todos os andares e putos que mandam os pais para os sítios mais ousados quando nem sequer sabem o significado dessas palavras. Irritada? Muitíssimo. Eu só queria mesmo um pouco de sossego para conseguir concentrar-me e fazer os meus trabalhos...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O meu Natal


“Apesar de ser um título assaz revoltado e extremista, é o que acontece: o Natal nos últimos anos está morto. E isso há já uns 5, 10 anos que está nesta decadência, desenfreada rumo à capitalização e marketização, deste dia 25 de Dezembro. O real significado do Natal está cada vez mais a desaparecer.”

Concordo plenamente. É por isso que, para mim, o Natal não deixa de ser um dia com um extremo significado mas por razões muito distintas do consumismo, dezenas de sacos nas mãos e luzes que me passam tão despercebidas quanto a iluminação de rua comum ao resto do ano.
De ano para ano, o que faz dele um dia especial são aspectos cada vez mais específicos: a presença da família (a de valor), o sabor diferente do bacalhau e das couves, a garrafinha especial de 1,5l de França recebida no ano anterior, as brincadeiras e risos que, inevitavelmente, quase sempre acabam em choradeiras saudáveis, as conversas disparatadas entrelaçadas entre desabafos há muito por dizer e brincadeirinhas de amor, as velas acesas dispersas pela sala, a lareira acesa, as músicas estranhas q.b. que a minha irmã insiste em colocar como pano de fundo, e ter um verdadeiro “pai” Natal que comemora o aniversário a dia 25. E claro, os momentos em que todos olhamos uns para os outros e percebemos que, por muitas diferenças que tenhamos como pessoas e desavenças ocorridas durante 12 meses perfeitamente evitáveis, somos uma família repleta de amor, em que todos estão presentes quando um precisa. Isto sim, é o meu Natal….


fontes citação e imagem: Internet

Imagens Publicidade



Publicidade—anúncio Adidas



Google Image Result for http://4.bp.blogspot.com/_

Little fingers


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sabotage—video art


Sabotage—video art 

εἴδωλον

AESF 2.bmp
Do grego antigo εἴδωλον, Ídolo significa um objecto de adoração espiritual ou divina. Porém, a idolatria como prática de adoração de ídolos expandiu-se da esfera do divino para a esfera humana com a progressão e desenvolvimentos ocorridos ao longo de todo o século XX, nomeadamente, com os avanços tecnológicos que permitem o fácil acesso a trabalhos e pessoas de várias áreas.
Na contemporaneidade, assistimos, então, a um proclamar de pessoas como sendo "Ídolos" muito diferente do sentido etimológico do termo, como evidenciam as seguintes imagens:


michael
gentry style lia rumma

Museu Imaginário, Virtual e Portátil

O Museu Imaginário
Na introdução d' O Museu Imaginário, André Malraux escreveu: “O papel do museu na nossa relação com as obras de arte é tão considerável que temos dificuldade em pensar que ele não existe, nunca existiu, onde a civilização da Europa moderna é ou foi ignorada; e que existe entre nós há menos de dois séculos. O século XIX viveu dos museus; ainda vivemos deles, e esquecemos que impuseram ao espectador uma relação totalmente nova com a obra de arte”.
Este livro de André Malraux debruça-se sobre as questões  das relações com a obra de arte, o conhecimento desta e a reprodutibilidade técnica.
Na contemporaneidade, enquadra-se perfeitamente na massividade de imagens existentes que podem ser declaradas como arte ou não e que emergem num museu virtual (Internet). Consequentemente, o alucinante poder de questões que isso por si só levanta, bem como a possibilidade de existência de um museu portátil quando cada um de nós pode facilmente aceder a este conceito de museu virtual através do nosso próprio computador.


Fotografia d' O Museu imaginário, andré Malraux, Edições 70