segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Arte contemporânea. Será?

A produção artística de qualquer autor, independentemente da área em que se insira é, indubitavelmente, um espelho do seu ser interior. 
A meu ver, na área específica da Pintura, a questão do que é ou não Arte, questão que se prolongará por muito tempo, deverá ter como uma das premissas de legitimação a qualidade conceptual e ténica de transposição desse mundo tão pessoal para o exterior. 
Apesar do próprio artista poder alegar determinadas bases conceptuais já admitidas ou possua uma qualidade estética aprazível no intuito de ser aceite, cabe-nos a nós, enquanto observadores (apartando a minha profissão de pintora neste momento), saber destrinçar o que é uma linguagem pura e uníssona entre artista e a sua obra ou uma mera reprodução de conceitos, ideologias e elementos já existentes,  totalmente desprovidos de um carácter original.
Por consequência de (in)correctos juízos de valor face às produções contemporâneas, premissas de análise crítica já instituídas a par com outras bastante dúbias, deparamo-nos cada vez mais com uma produção massiva de trabalhos, artísticos ou não...




          

       VS
                           


"João Fernandes, director do MACS, (...) considera que, na maior parte dos casos, estas intervenções, que muitas vezes se limitam a "um conjunto de calhaus ao alto", são "de muito duvidosa qualidade", pelo que mais valia que a decoração daqueles espaços tivesse sido deixada aos cuidados dos jardineiros municipais."
                

Fotografia de Nathan de Oliveira

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