Apesar do meu enorme prazer pela cultura geral, a televisão não é um dos meios de predilecção para a obter. Quase todo o tempo que passo em casa a trabalhar faz-me companhia, acesa mas silenciosa. Mas um bom filme depreende-se logo pelo início, sem som, sem actores, sem nomes de referência, bastando somente o tipo de filmagem. E foi assim que ontem, às 22h50, o meu olhar intragável resvalou em direcção ao pequeno écran e revi, onze anos depois da estreia, Les Misérables.
O filme e, sobretudo, a estória escrita por Victor Hugo, são demasiado prodigiosos para serem descritos. Todavia, é impossível não revelar que se assemelha, sob formas diferentes, a uma realidade e verdade tão contemporâneas de erros sociais a par com uma minoria de pessoas benevolentes.
Jean Valjean, a ambição, a persistência, a coragem, o desespero e o afinco à sobrevivência humana, são palavras-chave que convivem paralelamente como mote a uma viagem visual de 2h11m fascinantes, em que ódio e paixão à vida concorrem, simultaneamente, em lados opostos, para um só final…desvendável só para quem o vê e lê.
Fotogs. De http://entertainment.webshots.com/album/349600931EmpllY
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