Investigadora científica e doutorada em Biologia Molecular, trabalha agora no mesmo local, num projecto de fusão entre Arte e Ciência ("Diferentes olhares sobre os objectos científicos").
Pelo prazer da experimentação e descoberta, e com os seus conhecimentos de Biologia, trabalha numa câmara de fluxo laminar em condições de assépsia, contaminando micro-organismos.
Utilizando suportes não habitualmente direccionados para a prática artística, como placas de petri ou de acrílico, ansas, micropipetas, resina de poliéster e tintas previamente seleccionadas para determinados efeitos, produz "bio-pinturas". Numa experimentação massiva, testa as capacidades de cooperação ou contaminação dos micro-organismos, o tempo de secagem, a sobreposição ou não de camadas, segundo ideias antecipadamente delineadas.
Todo o processo e resultado final é fotografado digitalmente.
Na minha opinião, os resultados de géis de proteínas imobilizados em resina nas placas de petri são imageticamente bastante interessantes e alguns até mesmo dotados de uma extrema beleza. Porém, quando utiliza como suporte papel de aguarela, os resultados afiguram-se-me pouco interessantes.
Independentemente dos objectos finais, segundo a autora, o processo experimental é o mais importante, numa adequação entre prática científica e prática artística.
Fotografia de Alexandra Ceregeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário