Fui ontem visitar a Feira de Arte de Contemporânea.
Inicio por dizer que fiquei deslumbrada pela técnica e conceito de alguns pintores portugueses. A estes, os meus Parabéns enquanto artistas e representantes do que se faz em Arte em Portugal.
Todavia, algumas críticas negativas, mais do que gostaria:
1º—com excelentes artistas que actualmente estão a emergir no panorama português, não lhes deveria ser dada uma maior ênfase?;
2º—apesar de ser uma feira, continuo sem perceber a organização labiríntica que, mesmo percorrendo os corredores um a um, enquanto entro nos stands à esquerda e à direita acabo sempre por ter que voltar atrás porque entretanto percebo, ou por outra!, não percebo, como ficaram muitos trabalhos por ver;
3º—nunca é demais rever os nomes incontornáveis dos pintores portugueses do século XX mas será suposto estarem presentes em tanta quantidade numa feira que é anual e deveria mostrar o que se faz de novo na Arte?! (até porque que há galerias com vários dos seus trabalhos e retrospectivas anuais dos autores...)
4º—não deixei de ouvir várias vezes "Até eu fazia isto!" ou "Algum dia eu pagaria este valor por estes pedaços de papel?" Entre muita ignorância e completo alheamento da concepção de Arte, estes comentários no âmbito d'"O que é Arte hoje?" talvez até nos façam debruçar sobre algumas questões...
5º—se antes via na questão do que é ou não Arte na actualidade o aspecto positivo de incitar os artistas a conceberem novas técnicas e conteúdos, produzindo trabalhos muito diversificados mas qualitativamente bons, ontem esse aspecto desvaneceu-se...
6º—todos os anos existem stands vazios de galerias estrangeiras. Obviamente que não se esqueceram da data! mas a organização deveria solucionar os espaços vazios com opções dentro do contexto.
Terminadas as críticas negativas, não posso deixar de fazer jus a alguns dos excelentes trabalhos exibidos, portugueses e estrangeiros. Alguns, realmente magníficos e que da memória não me saem.
Não ouso enunciar nomes, por razões óbvias mas aconselho vivamente uma ida à exposição. Também porque não deixo de ter orgulho que Portugal tenha a sua própria Feira de Arte Contemporânea.
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